Élvio Passos e M. S.
'É já um problema de regime. Tem de haver uma intervenção superior. O
Presidente da República tem de intervir.' É a posição de Jacinto Serrão sobre o
montante da dívida da Região, suas consequências e atitude do Governo Regional,
em especial a de Ventura Garcês. O novo presidente do PS diz que vai 'informar
Cavaco Silva e pedir que intervenha' no caso.
Jacinto Serrão recorda que, por ocasião do debate e aprovação do Orçamento da Região para este ano, Ventura Garcês admitiu apenas a existência de 1.200 milhões de euros de dívida directa, mas escondeu a indirecta, ainda que confrontado com a mesma por parte de deputados da oposição.
Considera Serrão ter sido uma situação grave, a de um governante ir ao parlamento, primeiro órgão de Governo próprio da Região, e esconder dos deputados a situação financeira do arquipélago. Demonstra também incapacidade do mesmo para resolver a situação.
Na opinião de Jacinto Serrão, Ventura Garcês tem um caminho óbvio e inevitável, o da demissão. 'O secretário deveria tomar uma atitude, que era a de se demitir, perante a gestão irresponsável das contas públicas e por, além disso, perante o primeiro órgão de Governo próprio, ter escondido a realidade. Já demonstrou que não tem competências para estas funções.'
Ainda assim, o PS não tem poderes para impor essa saída. O que o PS vai tentar, por incitava do presidente do partido, é que o Governo tenha de voltar à Assembleia Legislativa para discutir a situação financeira da Região. Pois, por ocasião da discussão do Orçamento, em Dezembro passado, o debate foi enviesado pela estratégia de Ventura Garcês em esconder a realidade.
20% comprometidos
Jacinto Serrão fez contas e diz que, calculado a uma taxa de juro de 5%, os cerca de 5.000 milhões de euros da dívida total da Madeira, significam 250 milhões de euros em juros, por ano. O mesmo será dizer que equivalem a 20% do Orçamento regional.
Trata-se de uma situação incomportável, que não se resolve sem a solidariedade do Estado. Mas é preciso atribuir responsabilidades e elas estão no lado do Governo de Jardim, afirma Serrão. 'É mais um episódio com consequências negativas para a vida dos madeirenses e não há responsáveis. Como sempre a culpa vai morrer solteira.'
Como o DIÁRIO noticiou no final da semana passada, um estudo do BPI veio demonstrar que a dívida directa e indirecta da Região ascende a mais de 4.600 milhões de euros.
Em Dezembro, durante a Discussão do Orçamento da Madeira para este ano, os socialistas, por Carlos Pereira, afirmaram que a dívida directa e indirecta da Região atingiria em meados deste ano, perto de 6.000 mil milhões de euros. Na mesma ocasião, Ventura Garcês e Jaime Filipe Ramos disseram que as duas não ultrapassariam um terço desse valor, ou seja 2.000 milhões.
Na altura, o secretário que se ofereceu para 'ensinar a oposição a fazer contas' disse que a dívida directa da Região não ultrapassa os 18% do PIB regional.
Transição Gouveia passa hoje a pasta ao novo líder
João Carlos Gouveia e Jacinto Serrão encontram-se hoje para acertar a passagem de testemunho. O novo líder socialista vai ficar a saber a real situação do partido, não apenas em termos de iniciativas políticas, mas também no que toca a questões administrativas e até financeiras.
Deste encontro sairá a indicação de um gabinete de transição que deverá incluir outros nomes da antiga e da nova direcção do Partido Socialista na Madeira. O objectivo é assegurar uma mudança sem grandes surpresas de forma definir com maior rigor as próximas acções.
Entretanto, Serrão trabalha em algumas alterações ao nível da organização do PS-M. O líder já deixou claro internamente que pretende retomar o nível organizativo que o partido tinha antes das eleições de 2007. Para isso, exige profissionalismo e harmonia entre os diferentes sectores de intervenção partidária, nomeadamente o Secretariado, a Comissão Política e Regional e o grupo parlamentar.
Jacinto Serrão recorda que, por ocasião do debate e aprovação do Orçamento da Região para este ano, Ventura Garcês admitiu apenas a existência de 1.200 milhões de euros de dívida directa, mas escondeu a indirecta, ainda que confrontado com a mesma por parte de deputados da oposição.
Considera Serrão ter sido uma situação grave, a de um governante ir ao parlamento, primeiro órgão de Governo próprio da Região, e esconder dos deputados a situação financeira do arquipélago. Demonstra também incapacidade do mesmo para resolver a situação.
Na opinião de Jacinto Serrão, Ventura Garcês tem um caminho óbvio e inevitável, o da demissão. 'O secretário deveria tomar uma atitude, que era a de se demitir, perante a gestão irresponsável das contas públicas e por, além disso, perante o primeiro órgão de Governo próprio, ter escondido a realidade. Já demonstrou que não tem competências para estas funções.'
Ainda assim, o PS não tem poderes para impor essa saída. O que o PS vai tentar, por incitava do presidente do partido, é que o Governo tenha de voltar à Assembleia Legislativa para discutir a situação financeira da Região. Pois, por ocasião da discussão do Orçamento, em Dezembro passado, o debate foi enviesado pela estratégia de Ventura Garcês em esconder a realidade.
20% comprometidos
Jacinto Serrão fez contas e diz que, calculado a uma taxa de juro de 5%, os cerca de 5.000 milhões de euros da dívida total da Madeira, significam 250 milhões de euros em juros, por ano. O mesmo será dizer que equivalem a 20% do Orçamento regional.
Trata-se de uma situação incomportável, que não se resolve sem a solidariedade do Estado. Mas é preciso atribuir responsabilidades e elas estão no lado do Governo de Jardim, afirma Serrão. 'É mais um episódio com consequências negativas para a vida dos madeirenses e não há responsáveis. Como sempre a culpa vai morrer solteira.'
Como o DIÁRIO noticiou no final da semana passada, um estudo do BPI veio demonstrar que a dívida directa e indirecta da Região ascende a mais de 4.600 milhões de euros.
Em Dezembro, durante a Discussão do Orçamento da Madeira para este ano, os socialistas, por Carlos Pereira, afirmaram que a dívida directa e indirecta da Região atingiria em meados deste ano, perto de 6.000 mil milhões de euros. Na mesma ocasião, Ventura Garcês e Jaime Filipe Ramos disseram que as duas não ultrapassariam um terço desse valor, ou seja 2.000 milhões.
Na altura, o secretário que se ofereceu para 'ensinar a oposição a fazer contas' disse que a dívida directa da Região não ultrapassa os 18% do PIB regional.
Transição Gouveia passa hoje a pasta ao novo líder
João Carlos Gouveia e Jacinto Serrão encontram-se hoje para acertar a passagem de testemunho. O novo líder socialista vai ficar a saber a real situação do partido, não apenas em termos de iniciativas políticas, mas também no que toca a questões administrativas e até financeiras.
Deste encontro sairá a indicação de um gabinete de transição que deverá incluir outros nomes da antiga e da nova direcção do Partido Socialista na Madeira. O objectivo é assegurar uma mudança sem grandes surpresas de forma definir com maior rigor as próximas acções.
Entretanto, Serrão trabalha em algumas alterações ao nível da organização do PS-M. O líder já deixou claro internamente que pretende retomar o nível organizativo que o partido tinha antes das eleições de 2007. Para isso, exige profissionalismo e harmonia entre os diferentes sectores de intervenção partidária, nomeadamente o Secretariado, a Comissão Política e Regional e o grupo parlamentar.
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