terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Valor Ambiente? Mais 110 milhões de dívida escondida!

Mais um caso de incompetência destes senhores que (des)governam a Madeira.
Está tudo falido! Assim, a Madeira ruma ao abismo…. A “valor ambiente” com dívidas de 178 milhões €!
Escondem a realidade das contas públicas, mentem ao Parlamento e aos madeirenses e porto-santenses.
É tempo de acordarem, antes que seja tarde de mais!



Prejuízo de 10 milhões de euros inscrito como lucro de cinco
Contabilidade da valor ambiente torna positivo gestão de 4 anos com prejuízos
Data: 02-02-2010

A Valor Ambiente aprovou, a 31 de Março, a Conta de 2008 e no final de Julho fez o respectivo depósito legal. Mas nos últimos seis meses não teve disponibilidade para fornecer os elementos que o DIÁRIO solicitou.

Agora, foi possível apurar que o exercício fechou com um prejuízo de 3,9 milhões de euros, tendo a Valor Ambiente um passivo que ascende a 177,8 milhões de euros.

Um valor justificado, em parte, com uma dívida aos bancos de 67 milhões, a que acresce dívidas não identificadas no valor 58,6 milhões de euros, bem como um pagamento por efectuar a fornecedores no valor de 1,6 milhões de euros. Contribuem, ainda, para o passivo, os 33,7 milhões de proveitos diferidos, bem como os 14,9 milhões de passivos por impostos diferidos.

A análise do relatório permite concluir que o exercício da Valor Ambiente seria negativo em 7,3 milhões de euros sem os subsídios à exploração (resultado corrente), tendo o resultado operacional sido negativo em 3,9 milhões de euros.Com proveitos de 22,3 milhões de euros, apurados a partir da venda de produtos (3 milhões de euros), serviços (11,1 milhões) e o recebimento de subsídios, que totalizaram 8,1 milhões de euros, a empresa tem um défice estrutural, já que os custos totalizaram 26 milhões de euros.

Para este valor contribui os 16,5 milhões de euros de serviços externos, os custos com o pessoal (1,8 milhões) e o valor respeitante às amortizações (7,1 milhões). A favor da gestão da empresa pública que é responsável pelo tratamento do lixo contribui a circunstância de ter a receber 115,3 milhões de euros.

Mas o relatório não identifica quem são os devedores. No final de 2008 os clientes - sobretudo as câmaras municipais - tinham uma dívida de curto prazo de 16,9 milhões de euros, enquanto o remanescente ascendia a 18,4 milhões. As dívidas de médio prazo totalizavam 76,7 milhões de euros. Uma análise mais cuidada do relatório revela que a Valor Ambiente registou, desde 2005, prejuízos no valor de 10 milhões de euros, tendo o último ano sido o pior desta série de quatro exercícios, com um resultado negativo que é 29,6% superior ao ano de 2007.

Curiosamente a Conta da Valor Ambiente inscreve 5,9 milhões de euros de resultados transitados, como se a empresa tivesse sempre dado lucros. Sem explicação para esta 'engenharia', constata-se que a contabilidade da empresa é fortemente influenciada pelas reservas de reavaliação. Segundo é possível apurar, nos últimos anos o valor inscrito a título da reavaliação do activo da empresa baixou 10 milhões de euros - embora o activo desta tenha subido 134,6 milhões de euros - facto que poderá justificar a forma como a administração da empresa incorporou os sucessivos prejuízos.

Capitais próprios
Indicador importante para a actividade da empresa, os capitais próprios representavam 65,7 milhões de euros no final de 2008, valor 7,7 milhões de euros inferior ao inscrito em 2004 mas ainda assim claramente positivos.Com um capital social de apenas 2,5 milhões de euros - 0,9% do activo e 3,8% dos capitais próprios - a Valor Ambiente tem vindo a inscrever valores que variaram entre 4,3 milhões (2006) e 7 milhões (2008) a título de amortização, tendo no último exercício pago 3,5 milhões de juros.

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