Jacinto Serrão questionou ontem o ministro da Educação sobre a diminuição de verbas para a UMa.


Sexta, 18 de Novembro de 2011

Serrão questiona Crato sobre cortes


Ministro afirmou que reitor da UMa não se queixou e que está aberto ao diálogo

O ministro da Educação rejeitou ontem falta de disponibilidade para o diálogo com reitores da Universidades, nomeadamente com Castanheira da Costa, da Universidade da Madeira (UMa).
Nuno Crato  respondia a uma série de questões colocadas pelo deputado do PS eleito pela Madeira, Jacinto Serrão, que citou declarações do reitor da universidade madeirense, onde este dava conta de "um corte nas dotações do Orçamento de Estado de 23,75% em relação à dotação de 2011" para a UMa, bem como mostrava preocupações com as "dificuldade que muitos estudantes terão para cumprirem com os pagamentos das suas propinas".
O socialista, que interveio no âmbito das audições ao Governo sobre o Orçamento de Estado para 2012, lembrou que o corte imposto à academia da Região é bastante
superior aos cortes médios de outras instituições do país, que rondam os 8,5% em relação a 2011 e assegurou que o diálogo de que se congratulou Nuno Crato não "agradava a uma das partes". Na resposta, o ministro recordou a reunião com os reitores portugueses, onde muitos se congratularam à saída com a abertura do Governo.
"Nenhum reitor falou em falta de diálogo", atestou o ministro, que disse ter "dificuldade em perceber" as dúvidas de Jacinto Serrão. O deputado madeirense fez ainda uma interpelação à mesa pediu para ser distribuídas as declarações de Castanheira da Costa e apontou o dedo ao ministro por não ter respondido ao apelo para fazer uma descriminação positiva da UMa, que é uma universidade jovem, de pequena dimensão e localizada numa região ultraperiférica.

Sandra Cardoso, Lisboa