Na semana passada, ficámos a conhecer os chocantes números do desemprego e a Madeira leva, mais uma vez, a palma a todas as regiões do País. Infelizmente, há muito que se anteviam as consequências das políticas irresponsáveis dos que nos governam. Apesar dos alertas para o erro da estratégia assente quase exclusivamente nas obras públicas sem a preocupação com o problema da acumulação da dívida, ou em travar as falências das PME e, sobretudo, sem se preocupar em travar o desemprego que não pára de crescer desde 2004, o Governo Regional prosseguiu uma política com um cruel destino marcado no calendário dos Madeirenses. Já, nesse tempo, demonstrei, com indicadores concretos, que estas políticas insustentáveis iriam levar a Madeira ao prego. E já está!
É certo que algumas dessas obras beneficiaram os madeirenses e os porto-santenses e constituem ativos para o futuro. Porém, um grande número de construções megalómanas e inúteis só serviu para satisfazer uma certa clientela. O Governo Regional nunca se preocupou em rever as suas prioridades, ou melhor, em governar em função de uma estratégia de desenvolvimento sustentado e sustentável. Mas, pior ainda, perante a atual calamidade social e económica, continuamos a ver os governantes refastelados nos cadeirões do poder, manifestando indiferença em relação aos graves problemas que entram na casa das famílias, das instituições e das empresas. Hoje é claro que as dificuldades da Região resultam de uma política irresponsável e Alberto João Jardim já esgotou todas as suas possibilidades de governar com base na ilusão e na desresponsabilização. Assinada pelo seu próprio punho, estamos sob uma assistência financeira que nos faz carregar uma dupla austeridade e com a nova Lei de Finanças, a pior de sempre, a “cruz” ainda será mais pesada. Posto isto, senhor Presidente do Governo Regional, está à espera de quê?
Artigo de opinião: Jacinto Serrão, Diádio de Notícias da Madeira, 22.01.13
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/politica/2013-01-22

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