domingo, 25 de agosto de 2013

Sobressalto, até quando?



Mais uma vez o inferno das chamas assolou a nossa Região, semeando o pânico nos residentes que viram as suas casas e os seus bens ameaçados e, nalguns casos, até destruídos. Mais uma vez a angústia dos profissionais de auxílio e de milhares de  madeirenses espelha a escassez de meios materiais e humanos e de condições para combater incêndios de grandes dimensões, como os que se têm repetido nos últimos anos. Mas uma vez se assiste a certas declarações de dirigentes políticos e executivos que, por oportunismo político e/ou por hipocrisia, comentam a situação de forma irresponsável, incoerente e inconsequente.
Em julho de 2012 o país acompanhou com grande preocupação a vaga de incêndios de enormes proporções que atingiram a Madeira, causando prejuízos materiais de avultada monta, colocando em risco a segurança e a vida das populações. Nesse período, muito debate aconteceu sobre a eficiência, ou a falta dela, da logística no combate aos incêndios na Região. Ainda guardo na memória a teoria da cabala e das desculpas esfarrapadas do executivo regional, que acabou num "deixa arder", em vez de se terem acionado todos os mecanismos de alerta a nível nacional.
Consequente e atempadamente, envidei todos os esforços junto do Governo e do Parlamento para que fossem criadas condições de combate mais eficazes. As necessidades foram identificadas, mas até hoje os meios e as condições do combate não se alteraram.
Infelizmente, volvido um ano, voltamos a ser confrontados com mais incêndios que nos têm deixado em sobressalto constante. Até quando?
 
Publicado no Diário, 22.12.13

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