Serrão chama Concorrência a S. Bento por causa do JM

Iniciativa do PS-Madeira já está nas mãos do social-democrata Mendes Bota
Miguel Silva
O PS-Madeira quer ouvir a Autoridade da Concorrência na Assembleia da República sobre o Jornal da Madeira.
É um combate em várias frentes o que vem travando o PS-Madeira para acabar com o que os socialistas consideram um desperdício de dinheiros públicos para fazer a campanha do PSD, sobretudo quando há milhares de famílias penalizadas por uma forte austeridade.
Depois de várias iniciativas sem sucesso na Assembleia regional, a actual direcção do PS-Madeira decidiu transferir para o centro da actividade política nacional o "escândalo do Jornal da Madeira". Com o apoio e a compreensão do líder parlamentar socialista, Carlos Zorrinho, o PS-Madeira, através do deputado Jacinto Serrão, já fez chegar ao presidente da Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, o social-democrata Mendes Bota.
Agora cabe à comissão, de que Jacinto Serrão é vice-presidente, dar provimento ao requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do Partido Socialista em São Bento. E esse requerimento é claro: pede "a audição da Autoridade da Concorrência" no Parlamento para proceder "ao cabal esclarecimento do actual funcionamento e das alterações a que deverá estar sujeita a Empresa Jornal da Madeira, Lda.".
O essencial da fundamentação do requerimento do PS baseia-se nas conhecidas razões que na Madeira são já do conhecimento geral mas que não têm efeitos práticos, reconhece Jacinto Serrão. O deputado acredita, no entanto, que no plano nacional a situação será diferente. Que o País e os deputados em particular não aceitarão assim tão facilmente que uma Região que reclama da dupla austeridade, onde falta dinheiro para bens e serviços essenciais, gaste cerca de 5 milhões de euros por ano para um jornal gratuito, apesar de ostentar um preço de capa.
No requerimento, o PS adianta já alguns pormenores da situação do JM que "vem sendo contestada há muito tempo". Serrão lembra as recomendações e pareceres, nomeadamente da ERC que determina um novo estatuto editorial para o Jornal e as advertências sobre o facto de o JM ter um preço de capa e ser distribuído gratuitamente. Esse desfasamento, lembra Serrão, merece um pronunciamento da parte da Autoridade da Concorrência, entidade que deve ir à Assembleia da República falar sobre que posição tem sobre este tema e que medidas tenciona adoptar.
Fonte: http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/2012-06-16
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