Ontem no programa “Parlamento” da RTP-M de debate da actualidade política nacional e regional, o deputado do PS-Madeira, na Assembleia da República, Jacinto Serrão, abordou «os últimos resultados» sobre a «consolidação orçamental». Apontando as falhas do Governo da República PSD/CDS «relativamente ao que era a previsão do governo no que diz respeito ao défice, riqueza do país, receitas, para não falar dos problemas económicos e sociais», o deputado socialista salientou a necessidade de haver uma reflexão sobre o que o PS tem vindo a afirmar, nomeadamente o que tem dito o Secretário-geral António José Seguro de que é preciso a “Troika” compreender que Portugal, «com estas políticas tecnocráticas», não vai conseguir «superar as graves dificuldades» em que se encontra, sendo, por conseguinte, necessário «mudar de políticas para tirar o país deste sufoco», porque é preciso «mais tempo para cumprir as obrigações que estão no memorando, baixar os custos dos juros e mais tempo» de pagamento. «O Governo da República» tem de compreender de «que não está a governar um país de bonecos, está a governar um país de pessoas, que sofrem e sofrem muito», concluiu Jacinto Serrão. O desemprego foi outro tema em análise com o deputado socialista a afirmar que «o país não aguenta mais» a actual situação. Refira-se que presentemente são praticamente já um milhão de desempregados em Portugal, sendo, na Região, 25.300. Como afirmou Jacinto Serrão, desde que o PSD e CDS foram para o governo, 400 portugueses têm ido, diariamente, para o desemprego. No caso da Madeira e Porto Santo, face à dependência económica do exterior, o problema do desemprego exige «uma governação muito mais inteligente, ajustada à nossa realidade», com boa gestão dos recursos, para que os madeirenses e porto-santenses possam olhar o futuro de outra forma, «com muito mais optimismo». O Governo Regional «errou muito, esbanjou, desnecessariamente, uma série de recursos que agora fazem falta» reforçou, concluindo que é preciso mudar urgentemente o poder, na Região, para que possam surgir melhores «políticas», acabando «com uma série de esbanjamentos que ainda hoje existem». Os «atrozes sacrifícios» que estão a ser pedidos aos madeirenses e porto-santenses, que estão a «destruir a economia» não podem servir para que se continuem com as «mordomias».
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