Jacinto Serrão questionou Relvas
Relvas não diz se valida Fim da RDP-M e transformação da RTP-M num Jornal da Madeira
Jacinto Serrão foi incumbido pelo PS de questionar Miguel Relvas sobre o futuro da RTP. O deputado madeirense confrontou o governante com uma série de questões, mas não ficou satisfeito com as respostas ou com a falta delas.
Serrão perguntou como tencionava o Governo salvaguardar o serviço público de rádio e televisão nas regiões autónomas, ao que Miguel Relvas terá respondido que isso é alvo de negociação entre as empresas e os governo regionais e que, depois, terá de validar as decisões tomadas.
Então, o ex-líder do PS-Madeira confrontou o ministro com duas questões muito concretas, que, segundo Serrão, muito incomodaram Relvas, que não lhes respondeu.
O deputado socialista perguntou se Relvas validará a decisão de acabar com a RDP-Madeira, se tal lhe for apresentado. Outra questão: "Se a solução for transformar a RTP-M num Jornal da Madeira, o senhor vai validar essa solução?"
Incomodado, no relato de Serrão, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares até rasgou uns papéis que tinha consigo.
Mas, por estar a representar todo o partido, a intervenção de Jacinto Serão abrangeu outras questões ligadas à empresa.
O deputado socialista disse que o Governo da República não tem uma linha e um pensamento para a RTP. Limita-se a ter um plano de cortes da despesa.
Além disso, "a RTP tem sido usada como bode expiatório, para justificar os falhanços do Governo". Sempre que alguma coisa corre mal, o Governo aparece a anunciar alguma coisa sobre a RTP.
Serrão disse que o Governo não está a reestruturar a empresa mas a destruí-la.
Miguel Relvas foi criticado por não ouvir os trabalhadores, no que até foi considerado uma violação da lei.
O PS quis também saber se é verdade que, até ao final deste ano, têm de sair da empresa 400 trabalhadores, sob pena de, se isso não acontecer, em Janeiro de 2014 haver reduções salariais de 30%. Quis saber, mas não soube. Na mesma, o Governo não se livrou de ver catalogada como chantagem a sua actuação nesta matéria.
A questão mereceu mesmo uma interpelação à Mesa, no sentido de o governante clarificar a resposta. Mas isso não aconteceu. Em síntese, Jacinto Serrão concluiu que o Governo não tem uma estratégia para salvaguardar o serviço público com qualidade, de televisão e rádio e nos País e nas Regiões autónomas.
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