quarta-feira, 22 de maio de 2013

Rumo ao abismo


Em sobressalto, voltámos a conhecer os últimos dados do desemprego. Trata-se de um caso muito sério, que não pode ser olhado apenas do lado dos números e das finanças, mas, essencialmente, do lado socioeconómico e humano.

Segundo os dados mensais do IEFP referentes a abril, o número de desempregados atingiu mais 72.614 (+11%) que no mesmo período de 2012.

Com o governo de Passos Coelho e de Paulo Portas, em 22 meses, os desempregados já cresceram 40%. São mais 209.807 desempregados que correspondem a 320 por dia ou mais de 13 por hora. Isto é uma tragédia social que urge travar, para não falar dos danos que está a provocar à economia, contrariando as expetativas geradas pela retórica da governação PSD/CDS.

A pretexto da crise, o Governo, com as suas medidas de austeridade, está a introduzir a sua agenda ideológica de direita. Uma agenda que, a ver pelos resultados, não resolve os problemas financeiros e da dívida do País, nem promove o crescimento e o emprego. Antes pelo contrário, a dívida dispara para mais de 120% do PIB, o défice derrapou, já destruíram 500.000 postos de trabalho, o desemprego dispara e a pobreza atinge de forma impiedosa as famílias, as principais vítimas desta política que governa em função de interesses que não os do bem-comum.

E, como se não bastasse, já se preparam para lançar mais austeridade sobre a austeridade, dirigida, para não variar, aos trabalhadores e às famílias, confirmando a agenda ideológica de direita com os ataques perpetrados aos trabalhadores e ao fator trabalho, o fator mais importante para o crescimento.

O PSD e o CDS estão colocar o país à beira do precipício e, com as anunciadas novas medidas de austeridade, convidam-nos a dar o passo em frente.

Artigo publicado no Diário, 22.05.13:
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/politica/2013-05-22

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