Esperança! É a segunda palavra que escrevo para desejar
que este Natal sirva de fonte de inspiração aos decisores públicos para que mudem
de políticas e enfrentem com convicção os flagelos sociais que nos últimos
tempos têm vergastado as famílias. Flagelos que exigem, por razões éticas e
constitucionais, uma intervenção pronta dos responsáveis pela gestão do bem
comum.
Todos queremos as finanças sãs, mas, tal como já vem
sendo admitido até pelos parceiros da Troika, existiram erros e sobredosagens na
austeridade que têm provocado resultados negativos quer na própria consolidação
orçamental, quer na economia e nas áreas sociais, não esquecendo os danos nos
domínios do Estado Social. Domínios essenciais para garantir os equilíbrios nas
classes sociais e, acima de tudo, o princípio da igualdade de oportunidades para
todos os cidadãos, honrando, assim, os princípios básicos da Constituição e dos
tratados internacionais. Por estas razões, seria muito bom que a anunciada
reforma do Estado se concentrasse nas promessas originais do Governo, ou seja,
nas ditas "gorduras do Estado" e não nos serviços essenciais que
visam uma sociedade democrática e justa. Enquanto há vida, há esperança. Que 2014 seja um ano para um novo rumo.
Boas Festas e Feliz Ano Novo!
Diário, 22.01.14:
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/422680-enquanto-ha-vida-ha-esperanca
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