Os cortes nos salários da função pública foram uma opção do governo
O discurso teve bandeiras, música de Vangelis e um
néon no palco a apresentar Jacinto Serrão Presidente. FOTO OCTÁVIO
PASSOS/ASPRESS
Jacinto Serrão apelou à mobilização sindical contra os cortes salariais
Madeira e exigiu respeito pelos mortos nas inaugurações das obras de
reconstrução do temporal de Fevereiro. Ontem, no jantar de Natal no Madeira
Tecnopólo, o líder dos socialistas madeirenses apresentou a estratégia política
para 2011, ano de eleições regionais e presidenciais.
O discurso de ontem, com bandeiras e um palco com néon a anunciar Jacinto Serrão Presidente, foi isso mesmo, o pontapé de saída para as próximas batalhas políticas. Jacinto Serrão começou com o temporal, as vítimas e os milhões para a reconstrução. O socialista pediu, em memória dos mortos, que as inaugurações dessas obras pós-20 de Fevereiro sejam feitas com respeito, "com a bandeira do luto" e não "com as bandeiras do partido" do poder.
Num ano dominado pela tragédia, Jacinto Serrão também pediu contas aos milhões de solidariedade enviados por emigrantes, que vieram de particulares do continente. Um dinheiro a quem se pede contas há meses e do qual, de facto, nada se sabe. O que não abona a bem da transparência e do rigor.
O PS quer saber desses milhões porque pretende transparência, exige que essas sejam usadas em prol dos que precisam e não para servir os mesmos, os do costume.
A verdade, explicou, é que essa tem sido a prática nestes anos e este Orçamento Regional voltou a provar que a política do Governo Regional continua a ser essa: servir os interesses de alguns e não os dos madeirenses. As propostas socialistas de apoio aos mais carenciados, os pensionistas, aos desempregados foram chumbadas.
E, ao contrário do que fez a Região Autónoma dos Açores, a Madeira seguiu a medida de cortes salariais. "Só que isso não é para pagar a dívida pública, é para continuar o regabofe das obras, de favorecer os mesmos e não os madeirenses no geral".
Porque, apesar de Jardim ter alinhado com os centralistas de Lisboa contra a medida do Governo dos Açores, a Madeira podia ter feito mesmo, podia ter optado por melhorar as condições de vida dos madeirenses e adiar as obras por mais um tempo. Não o fez, optou pelos cortes nos salários que apenas vão favorecer alguns com investimentos em obras.
E, por tudo isso, Serrão fez mesmo um apelo de mobilização geral às organizações sindicais da Região. Uma mobilização contra estes salários que, ao contrário do que se diz, são uma opção do Governo Regional, são uma decisão política de Alberto João Jardim.
Apoio total a alegre
"Mas alguma vez estive no Governo Regional, alguma vez fui presidente do Governo Regional?" Jacinto Serrão lançou as perguntas no discurso para explicar o absurdo de responsabilizar o PS-Madeira pelos problemas da Madeira. Quem está no poder há quase 40 anos é o PSD, são dos seus governos todas as medidas tomadas, todas as políticas desenvolvidas. E, por isso, os responsáveis estão todos no PSD, começam em Alberto João Jardim.
De olhos postos nas eleições regionais, o líder dos socialistas aproveitou para pedir um voto e o apoio popular para mudar o estado em que se encontra a Região. Em Outubro, o voto no PS, em Janeiro o apoio para o candidato presidencial Manuel Alegre. Alegre tem o apoio e é, neste momento na opinião dos socialistas, aquele que melhor defende os interesses da autonomia.
A questão dos Açores, a decisão do Governo Regional de aumentar os salários aos funcionários públicos, deixou claro que Cavaco Silva está contra as autonomias regionais, quando se manifestou contra a medida. Ou seja, se se quiser defender a autonomia, o voto em Janeiro terá que ser em Manuel Alegre, salientou Jacinto Serrão.
O discurso de ontem, com bandeiras e um palco com néon a anunciar Jacinto Serrão Presidente, foi isso mesmo, o pontapé de saída para as próximas batalhas políticas. Jacinto Serrão começou com o temporal, as vítimas e os milhões para a reconstrução. O socialista pediu, em memória dos mortos, que as inaugurações dessas obras pós-20 de Fevereiro sejam feitas com respeito, "com a bandeira do luto" e não "com as bandeiras do partido" do poder.
Num ano dominado pela tragédia, Jacinto Serrão também pediu contas aos milhões de solidariedade enviados por emigrantes, que vieram de particulares do continente. Um dinheiro a quem se pede contas há meses e do qual, de facto, nada se sabe. O que não abona a bem da transparência e do rigor.
O PS quer saber desses milhões porque pretende transparência, exige que essas sejam usadas em prol dos que precisam e não para servir os mesmos, os do costume.
A verdade, explicou, é que essa tem sido a prática nestes anos e este Orçamento Regional voltou a provar que a política do Governo Regional continua a ser essa: servir os interesses de alguns e não os dos madeirenses. As propostas socialistas de apoio aos mais carenciados, os pensionistas, aos desempregados foram chumbadas.
E, ao contrário do que fez a Região Autónoma dos Açores, a Madeira seguiu a medida de cortes salariais. "Só que isso não é para pagar a dívida pública, é para continuar o regabofe das obras, de favorecer os mesmos e não os madeirenses no geral".
Porque, apesar de Jardim ter alinhado com os centralistas de Lisboa contra a medida do Governo dos Açores, a Madeira podia ter feito mesmo, podia ter optado por melhorar as condições de vida dos madeirenses e adiar as obras por mais um tempo. Não o fez, optou pelos cortes nos salários que apenas vão favorecer alguns com investimentos em obras.
E, por tudo isso, Serrão fez mesmo um apelo de mobilização geral às organizações sindicais da Região. Uma mobilização contra estes salários que, ao contrário do que se diz, são uma opção do Governo Regional, são uma decisão política de Alberto João Jardim.
Apoio total a alegre
"Mas alguma vez estive no Governo Regional, alguma vez fui presidente do Governo Regional?" Jacinto Serrão lançou as perguntas no discurso para explicar o absurdo de responsabilizar o PS-Madeira pelos problemas da Madeira. Quem está no poder há quase 40 anos é o PSD, são dos seus governos todas as medidas tomadas, todas as políticas desenvolvidas. E, por isso, os responsáveis estão todos no PSD, começam em Alberto João Jardim.
De olhos postos nas eleições regionais, o líder dos socialistas aproveitou para pedir um voto e o apoio popular para mudar o estado em que se encontra a Região. Em Outubro, o voto no PS, em Janeiro o apoio para o candidato presidencial Manuel Alegre. Alegre tem o apoio e é, neste momento na opinião dos socialistas, aquele que melhor defende os interesses da autonomia.
A questão dos Açores, a decisão do Governo Regional de aumentar os salários aos funcionários públicos, deixou claro que Cavaco Silva está contra as autonomias regionais, quando se manifestou contra a medida. Ou seja, se se quiser defender a autonomia, o voto em Janeiro terá que ser em Manuel Alegre, salientou Jacinto Serrão.
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/241575/politica/241641-serrao-apela-a-mobilizacao-contra-cortes-nos-salarios
Sem comentários:
Enviar um comentário