O conto baseia-se na vida de três irmãos de Medranhos (Rui, Guanes e Rostabal) que vivem no Reino das Asturias talvez os mais famintos e miseráveis fidalgos do reino. Passavam os dias no Paço de Medranhos junto à lareira, que há muito que não se acendia. Devoram, à noite, pedaços de pão esfregados em alho, indo depois deitar-se no estábulo para aproveitar o calor das suas três éguas. Certo dia, quando passeavam na mata de Roquelanes, acharam numa cova de rocha um velho cofre de ferro com uma inscrição árabe este tinha três chaves e as suas respectivas três fechaduras. Obcecados por retornarem às suas vidas de bem-estar, luxo e ostentação, o que faz com que fiquem enfurecidos e a duvidar dos seus próprios irmãos. Com isso Rui decide que o tesouro será repartido irmãmente, com iguais quantidades por todos. Assim decidem que Guanes irá a vila mais próxima (Retortilho) e trará comida e alforges para carregar o tesouro,enquanto Guarnes foi à vila ia cantado " Olé! Olé! sale la cruz de la iglesia, Vestida de negro luto..." enquanto isso Rui tenta persuadir/manipular o seu irmão Rostabal a matar Guanes , porque este fazia troça dele e iria gastar o dinheiro mal gasto, e assim teriam que dividir o tesouro só por dois, assim se passou, Guanes é morto e à primeira oportunidade Rui mata Rostabal, ficando assim o Tesouro só para ele. Enquanto Rui "saboreava" está vitória sobre os seua irmãos e imaginando como seria ser o novo Senhor de Medranhos (intitulando-se D.Rui), repara que o seu irmão só trouxera duas garrafas de vinho para três irmãos, mas levado pela sofreguidão não se importa. Começa a beber o vinho e a comer o Capão que o irmão trouxera, quando carregava o ouro do tesouro para os alforges começa a sentir um mal-estar, como se uma chama se acendesse dentro dele e quanto mais ele a tentava apagar mais a sentia, Rui tenta pedir ajuda aos seus irmãos mortos, e tenta sugar a frescura da água mas está revelasse como metal derretido, queimando-o. Assim todos os irmãos morrem e o tesouro continua na mata de Roquelanes.
Eça de Queirós
Sem comentários:
Enviar um comentário