Uma pouca-vergonha do Presidente do Governo Regional, um sinal de prepotência ao jeito de “quem manda nisto sou eu”, numa deliberada confusão entre Governo e Partido. Ora, o Presidente do PSD pode marcar os almoços com quem quiser, pode “despedir-se” de quem quiser, porém, na sede do Governo, com o dinheiro que é de todos os madeirenses e porto-santenses, não pode, porque isso corresponde à utilização indevida dos dinheiros públicos e a uma inaceitável promiscuidade entre instituições que não devem ser confundidas.
O problema desta situação é que ela se repete perante uma permissiva manifestação pública de que é normal esta situação, quando é evidente a anormalidade institucional e democrática.
A sede do governo não é propriamente uma “casa de pasto” e os dinheiros dos contribuintes geridos pelo Governo não podem ser esbanjados em confraternizações partidárias. Seria bom perceber-se como são justificados este tipo de convites partidários. Aliás, fazem tudo e utilizam tudo, as festas e os palcos, os almoços e as prendas, tudo, às escâncaras e sem repercussões.
Isto significa que a política regional e, mais concretamente, o poder regional capturou a sociedade e amoleceu-a, melhor, despersonalizou-a ao ponto de aceitar tudo debaixo dos seus olhos como se a Democracia e as instituições não se regessem por regras claras e pelos princípios fundamentais dos regimes democráticos.
Sem comentários:
Enviar um comentário