O triunfo das chamas sobre a soberba do
poder
Jacinto
Serrão, Deputado do PS na AR
2 comentários
Não é preciso ser um especialista para perceber que,
nas circunstâncias em que ocorreram, os incêndios iriam humilhar qualquer
estratégia regional de combate. Por conhecer muito bem a nossa Ilha, supliquei,
antes que o mal crescesse, que fizessem tocar todas as campainhas, pedindo
auxílio nacional e até mesmo aos nossos países vizinhos. Mas, tristemente, a
soberba do poder executivo preferiu o "deixa arder" do que a
humilhação de reconhecer que a Madeira e, pelos vistos, o País não tinham
condições para travar o avanço triunfante das chamas, semeando o terror e
colocando em risco a vida e os bens das pessoas.
Até agora, o que mais me preocupou, comprovado nas
minhas intervenções, foi apagar o fogo, foi apelar à congregação de meios,
nacionais e internacionais, para evitar a tragédia que se vê. Pelo contrário,
as individualidades dos governos andaram preocupadas em arranjar, qual bode
expiatório, justificação para a presumível incompetência, na lógica de que, se
"não há nada a fazer, deixa arder". Acrescente-se as disputas
internas e os insultos à oposição que manifestou as suas legítimas
preocupações.
Quanto aos meios aéreos, a Madeira é um caso e deve
ser estudado como tal. Os estudos padronizados para todas as regiões devem ser
ajustados às especificidades de cada uma. As conversas da treta, para
justificar a falha dos meios aéreos, não nos convencem. Em situações
excepcionais, umas descargas de água dos céus ajudariam os bombeiros no terreno
a travar o triunfo do fogo.
Pouparam dois ou três milhões, mas fica prejuízo de
centenas de milhões, além do impagável sofrimento causado às pessoas.
Comentários
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destinado à construçăo de ideias e à expressăo de opiniăo.
Pretende-se um fórum constructivo e de reflexăo, năo um cenário de ataques aos pensamentos contrários.
Pretende-se um fórum constructivo e de reflexăo, năo um cenário de ataques aos pensamentos contrários.
Anónimo
1
Isto faz-me lembrar a tragédia do submarino soviético Kursk, no ano 2000,
em que Putin preferiu ver morrer todos os marinheiros do que aceitar ajuda
internacional.
Continuem a votar laranja; depois chorem!
Há 7 horas e 15 minutos.
Anónimo
1
Pois é, … depois desta tragédia medonha acontecer, muitos dos que o
criticaram e até o ridicularizaram - por ter feito o apelo Nacional (no
início!) à mobilização de meios aéreos internacionais para evitar a catástrofe
- deveriam (se tivessem dignidade) de lhe pedir desculpas. E, os
(ir)responsáveis pela coordenação deveriam sentar o rabinho no banco dos
tribunais. Bem-haja, amigo!
Há 8 horas e 28 minutos
Fonte: http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/336188-o-triunfo-das-chamas-sobre-a-soberba-do-poder

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