Serrão pede coerência ao CDS no 'caso JM'
Deputado do PS em Lisboa não entende silêncio e volta a chamar a concorrência
É mais uma farpa do PS ao CDS. Depois das críticas do secretário-geral dos socialistas madeirenses ao líder do CDS-M, desta vez é o deputado socialista em São Bento. Tal como Jaime Leandro, também Jacinto Serrão pede coerência ao líder e deputado do CDS-M na Assembleia da República. Particularmente no 'caso Jornal da Madeira'.
Serrão não entende o que considera a falta de coerência e a passividade do CDS-PP nas questões que foram colocadas ao Governo da República acerca do JM. O antigo líder socialista recorda que houve várias iniciativas, quer do PS quer do CDS, para criar regras claras no mercado da comunicação social madeirense e nota que, passados tantos meses e várias promessas, não há resultados concretos. "Tantos pedidos, iniciativas e cartas para nada", observa Serrão numa crítica directa a José Manuel Rodrigues.
Mesmo assim o deputado socialista não se dá por vencido e promete continuar a luta. Adianta mesmo que vai voltar a formalizar o pedido na Comissão de Ética para que a Autoridade da Concorrência seja chamada a pronunciar-se sobre a distorção das regras no 'caso JM', nomeadamente sobre os apoios governamentais, superiores a 11 mil euros por dia, caso único em todo o País, e a absorção de quase toda a publicidade governamental, ao arrepio de uma sã concorrência.
Serrão lembra que o primeiro pedido para ouvir a Autoridade da Concorrência acabou por não surtir o efeito desejado porque o CDS, depois do entusiasmo inicial, recuou perante o formalismo da falta de uma deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social. "Um preciosimo", recorda Serrão. Agora, no entanto, a situação é outra: o deputado do PS, que entretanto escreveu ao Governo de Lisboa, já recebeu resposta do gabinete do ministro Miguel Relvas. E a resposta, que no essencial não difere de outras já dadas, faz referência a um importante facto novo: a última deliberação da ERC. Ora, isso é quanto baste para ultrapassar o tal preciosismo que impediu a audição da Autoridade para a Concorrência, observa o deputado socialista.
Assim, Serrão vai voltar a formalizar o pedido e espera que, desta vez, o CDS permita que aquela entidade nacional possa pronunciar-se sobre um caso que é do conhecimento de todos os partidos ao nível regional e nacional e até de instâncias internacionais. "Não podemos continuar assim, a esperar para ver. É preciso agir", adverte o deputado socialista em Lisboa.
Sem comentários:
Enviar um comentário