O empobrecimento faz parte de uma filosofia política que decreta uma
orientação económica para servir os interesses daninhos, especulativos e
corporativos, que paralisam o País. Uma filosofia baseada no Estado mínimo que
não esconde o intuito de desmantelar o Estado Social, o qual tem uma função
essencial na criação de políticas sociais justas e dignas para todos. O Estado
Social deverá estar para além das questões de direita ou de esquerda, pois visa
o respeito pela identidade, autonomia e a felicidade das pessoas. A qualidade de
vida não pode ser vista como um privilégio, mas como um Direito. Com as
políticas de empobrecer as pessoas ficam dependentes da caridadezinha e
limitadas nos seus direitos de cidadania.
O Estado tem a obrigação constitucional de garantir a todos os cidadãos, ricos e pobres, igualdade de oportunidades no acesso à educação, à saúde e a outros serviços que visem a dignidade e o respeito pela ética dos Direitos Humanos. Foi isto que eu disse nas jornadas parlamentares do PS ante um leque de oradores convidados ligados à Igreja Católica, às IPSS e às Misericórdias, as quais acodem como podem e sabem aos gritantes aumentos de casos de pobreza, de exclusão e de desagregação familiar.
Nas jornadas ficou claro que as dotações orçamentais aumentaram para as instituições de apoio social, além das novas que têm surgido. Já temos, segundo o relato de um dos intervenientes, 55.000 IPSS.
Estes indicadores se, por um lado, são positivos, por revelarem uma meritória capacidade para prestar solidariedade aos que mais sofrem, por outro lado revelam a ausência de respostas por parte dos executivos para travar o crescimento galopante da pobreza e da exclusão. Mais vale prevenir do que remediar e o mais importante é atacar as suas causas, em vez de andarmos a correr atrás do prejuízo, como acontece atualmente. Veja-se, por exemplo, as festas das inaugurações das cantinas sociais feitas pelo Ministro da solidariedade. Inaugurações que servem para matar a fome dos que empobrecem por decreto do próprio executivo. Portanto, inaugurar cantinas sociais é inaugurar a pobreza.
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/529300-inaugurar-a-pobreza#comment-633384
O Estado tem a obrigação constitucional de garantir a todos os cidadãos, ricos e pobres, igualdade de oportunidades no acesso à educação, à saúde e a outros serviços que visem a dignidade e o respeito pela ética dos Direitos Humanos. Foi isto que eu disse nas jornadas parlamentares do PS ante um leque de oradores convidados ligados à Igreja Católica, às IPSS e às Misericórdias, as quais acodem como podem e sabem aos gritantes aumentos de casos de pobreza, de exclusão e de desagregação familiar.
Nas jornadas ficou claro que as dotações orçamentais aumentaram para as instituições de apoio social, além das novas que têm surgido. Já temos, segundo o relato de um dos intervenientes, 55.000 IPSS.
Estes indicadores se, por um lado, são positivos, por revelarem uma meritória capacidade para prestar solidariedade aos que mais sofrem, por outro lado revelam a ausência de respostas por parte dos executivos para travar o crescimento galopante da pobreza e da exclusão. Mais vale prevenir do que remediar e o mais importante é atacar as suas causas, em vez de andarmos a correr atrás do prejuízo, como acontece atualmente. Veja-se, por exemplo, as festas das inaugurações das cantinas sociais feitas pelo Ministro da solidariedade. Inaugurações que servem para matar a fome dos que empobrecem por decreto do próprio executivo. Portanto, inaugurar cantinas sociais é inaugurar a pobreza.
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/529300-inaugurar-a-pobreza#comment-633384
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